quinta-feira, 28 de abril de 2011

Procrastinação


De todos os pecados capitais, o que eu mais prático é a preguiça.
Gente como praticar preguiça é bom... e ruim, ao mesmo tempo!

É uma delícia ficar em casa sem fazer nada, vendo blogs interessantes ou simplesmente ouvindo música olhando pro teto. Mas e aquele sentimento de inutilidade? Quantas coisas podíamos estar fazendo se não estivéssemos 'preguiçando'. Tem um mundo enorme lá fora e gastamos boa parte da nossa vida nos dedicando a arte de não fazer nada.

Quantas vezes prometemos ir a praia, correr pela manhã, sair pra... não fazer nada? Quantas foram as vezes que realmente cumprimos o que prometemos? "Amanhã eu vou fazer meu trabalho, vou adiantar a matéria, correr no final da tarde, estudar e sair pra comprar mais shampoo  que acabou na semana passada". Aí você acorda, fica de preguicite aguda, vê televisão enquanto toma um café da manhã, enrola enrola, faz um parágrafo do trabalho, deixa a matéria pra depois, olha os cadernos de longe, lava o cabelo com sabonete mais uma vez, come qualquer coisa e... ve um filme ou le um livro, uma revista e vai dormir.

E lá se foi mais um dia da sua vida. Em branco! Se fizéssemos tudo que falássemos nossos dias seriam tão produtivos. É bem verdade que um ou outro dia no nosso canto quietinho é mais do que merecido e até desejável, mas isso é um perigo! Vira um hábito.

A preguiça deve ser uma força do mal que fica ao nosso redor sugando nossa força de vontade. E quando a gente pensa em fazer algo, logo desiste. Acho que a preguiça se alimenta disso! Por isso fica cada vez mais forte e cada vez mais temos preguiça!

10 Dicas para se livrar da preguiça

1. Saia do computador!

2. Imediatamente!!!!

3. Tome um banho. Preguiça tem medo de água, ela fica esperando do lado de fora do box pra te pegar de novo. Ah! Não pode ser um banho delicioso de banheira, tem que ser um daqueles 'revigorantes!'

4. Ponha logo uma roupa de sair pra você não desanimar, ou uma roupa bonitinha de ficar em casa. Nada de ficar esculhambado por aí! 

5. Arrume o quarto, lave a louça, deixe tudo em ordem.

6. Abra todas as cortinas e janelas, deixe ar fresco entrar! Ah menos que você vá sair. Se for o caso, pegue sua chave e vá pra rua já.

7. Tudo limpo, novo e arrumado. Você sente até uma nova energia né? Aproveite para estudar logo ou fazer o trabalho da faculdade. Quanto antes você termina mais tempo tem pra si.

8. Terminou? Vá pra rua! Ficar em casa só resulta em mais preguiça e vontade de ficar mais em casa. A vida tá lá fora. Casa serve pra dormir, comer, tomar banho e se abrigar da chuva se não tiver outra opção.

9. Planeje coisas divertidas pra cada dia e as faça! Pense no que você gostaria de responder quando te perguntarem como foi seu dia.

10. Viva! E rápido, porque hoje você tá mais velho que ontem e amanhã você será quase um ancião!

O que você ainda tá fazendo aqui?? Eu não mandei no primeiro item você sair do computador??? Vai emboraa!!!

=p Beijinhos lentos de preguiça !

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu só queria um amor nesse carnaval



Fazia um dia quente de verão, as crianças brincavam e riam com a chegada do carnaval. Serpentinas e confetes voavam entre o turbilhão de pessoas.


E alí, em um canto, escondido de todos, amuado no chão suo e escuro, um homem alto e esguio observava. Parecia cabisbaixo e deprimido. Seus olhos seguiam uma menina. Não, não uma menina, uma mulher. Uma jovem e linda mulher, de olhos claros e sonhadores, longos cabelos lisos de um castanho brilhante, rosto em formato de coração e lábios rosados e sedutores. Tão bela. Certamente a dama mais linda do salão.


Ah, se ele ao menos tivesse coragem de levantar e ir até ela. Se não fosse tão tímido ou covarde ou...ou... ah, bem, de que adiantava? Era tão sem graça que não conseguia nem arranjar um adjetivo bom (ou seria ruim?) o suficiente que o descrevesse.


E então seu coração parou. Aquele cara novamente. Aquele bobo alegre tão diferente de si. Rindo e cantando, passando serelepe, brincando com as crianças e roubando-lhes os doces como traquinagem. Como aquele boboca tinha exatamente tudo aquelo que sempre quisera? Não a graça ou a felicidade, mas ela.. Sua musa!


E foi com grande estardalhaço que tirou sua dama para dançar. Rodopiando e girando a moça, fazendo-na gargalhar como uma pequena e reluzente fada.


Ela se derretia por ele e as palavras encantadas que sussurrava em seu ouvido faziam-na atingir um doce tom corado.


Tanta inveja tinha. E como se não bastasse, podia ouvir as pessoas cochichando e fofocando.


-Ah coitadinho! - comentava a velha para a vizinha feiosa.

-Quem? - a outra interesseira na vida alheia revidava. Os olhos brilhando em Êxtase e curiosidade.

-Pierrôt. Está chorando pelo amor da Colômbina no meio da multidão....

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Indas e vindas, desejos e desapegos

Fim de ano, formatura. Todas aquelas pessoas que passaram anos sentados ao seu lado, ali na carteira ao lado, que lhe emprestaram o lápis, a borracha, passaram um bilhetinho e a cola da prova. Aquelas que você achava que eram as mais importantes. Fim. Ali acabou aquela jornada. Cada um pra um lado. O contato se perde. E ansiosos partimos para uma nova fase. Faculdade, nova cidade, gente nova. Tanta coisa acontece que você nem tem tempo pra sentir saudades. Você mal tem tempo para se acostumar com o novo!

E por fim, os anos correm. Fogem de você. E o estágio começa, a calma, a rotina. Você era tão apressado para deixar seus pais, morar sozinho, crescer. E só então percebe, que aquele quarto solitário com que sempre sonhou, não é assim tão maravilhoso. Aquele silêncio e paz são um pouco incomodos. O que você quer é, na verdade, um pouco de companhia. Uma irmã pra dividir as novidades, a mãe para tirar dúvidas, um colega de quarto que te faça rir. Qualquer coisa que te tire daquele quarto sombrio e tedioso. Que distraia seus pensamentos insistentes.

E por fim, você suspira, fecha os olhos, relembra o passado, e desiste de voltar lá. Quando criança você só queria ser grande. Queria sair a noite, beber cerveja, usar salto alto e dirigir. Mas... Quando a gente finalmete chega lá, o que sobra? O que você quer? Ser mais grande?
"Maior" - corrigiria sua mãe.
"Ok mãe" - você fala, e repete. O que você quer agora?
Com saudades lembramos o passado. As brincadeiras bobas, aquela boneca, o videogame que não resistiu de tão usado. E com peso no coração desejamos ter sete anos. Queremos brincar e ser inocentes e não ter que crescer.
Seu celular toca, a realidade retorna. Fechamos as memórias naquele baú empoeirado, colocamos o salto que sempre quisemos usar, aquele que machuca tanto que nem conseguimos andar. Passamos o perfume que nos encatava quando nossos pais passavam. Sorrimos e partimos. Sempre em frente, indo para um novo momento. Abandonamos o antigo e simplesmente andamos em direção ao desconhecido áquela ambição diferente que encontramos quando 'crescer' já não era mais suficiente. Para no futuro, desejarmos voltar mais uns 10 anos, só pra reviver tudo de novo, aproveitar um pouco mais, não deixar aquela oportunidade passar. Porque somos assim, insatisfeitos, queremos tudo. E quando o temos, queremos de volta aquilo que não mais podemos ter....

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Atônita


Ódio, raiva, ciume, dor, tristeza, felicidade, amor, contentação, apatia...
É possível? Jura? Tudo isso? Nada disso? Como?

Com tantas coisas ao mesmo tempo acontecendo, com tudo o que sente, de que forma parece que não há nada? Um vazio. É como se tudo estivesse lá e ao mesmo tempo não estivesse. Como se em buraco na alma se encontrassem todas as emoções e sentimentos perdidos. Todos eles deixando uma alma vazia, um corpo inerte, sem vontade.

Você sabe o quanto eu chorei? O quanto eu ri? Ri e chorei, chorei e ri, chorri, rirei.

No fim, nada se conclui, confusão, bagunça... Muito complicado. Pra que se preocupar?

E empurrando, pelegando, enrolando, você deixa de sentir, finge que não vê... E certo dia tudo aparece de uma vez. Te transtorna, modifica. Quem percebe? Ninguém, poucos. Por fim, era isso que você queria, não? Ser invisível, passar despercebida.

Sorri, acendendo um brilho nos olhos. Tudo na mais perfeita ordem.

Por quanto tempo você aguenta?
Muito..

E você sabe que amanhã, seu muro estará de volta, você continuará feliz e contente. Ninguém desconfia, ninguém sabe.

Qual o seu passado? O que você sabe? O que você viveu? Quais seus traumas? Qual seu medo?

Você é real? Ou isso é uma imagem? Na verdade, você é frágil, ridícula, tola...
Quem gosta da tola?

Não vive, pois está presa na atuação..
Se tornou a personagem da sua mente, uma daquelas que também não fazem sentido.
Cada dia escolhe qual identidade assumir, e entre tantas, como você não se perde? Como se define?

Quem te conhece, que te compre! Porque eu... eu não te conheço, não te quero. Não te quero hoje, não te quero nunca, não te quero jamais!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rotina


Hm... O que escrever?

Nesse dia preguiçoso de sol, sinto a brisa no meu rosto. A música toca me levando para outra dimensão. Minha cabeça está vazia! Imagino que é verão e tenho férias eternas. Tudo ótimo, tudo lindo, exceto pelo fato de que é inverno, final de agosto e eu tenho aula daqui a pouco.


Respiro fundo, pegar o ônibus até niterói parece um sacrifício! No horário de rush então, quase impossível! Me alongo, bocejo e começo a voltar lentamente para o mundo real. Me arrumo e vou. Foi uma viagem tão rápida, até estranho. Vários amigos estão na faculdade, sentados, conversando bobagens. Junto-me a eles enquanto espero o ponteiro grande do relógio se unir ao pequeno no número seis como uma espada, anunciando o final da diversão.


Andando devagar chego a minha aula, e com cara de tédio tento me concentrar nas palavras monótonas do professor. Resmungo, ainda tenho aula até as dez da noite!! Parece um momento tão distante. Por fim, a tortura acaba e a outra aula tem início. Quase não tenho tempo para respirar. As horas se arrastam e finalmente a professora nos libera. A sensação de liberdade dura pouco. É tarde, e amanhã é um novo dia, cheio de atividades, aulas e coisas pra fazer.


Volto para casa e para desanuviar os pensamentos do cansativo momento faculdade, entro mais uma vez no computador. Sinto minha mente espairecer e o estado de relaxamento voltar. Por fim, canso de brincar de internet e me deito. Para no dia seguinte acordar e repetir meus passos.



Hm... chatoo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bipolaridade



Eu queria ter duas vidas. Me dividir em duas pessoas.
Elas seriam completamente diferentes.
Uma perfeita, certinha e fofa.
Outra autodestrutiva, louca, sem noção ou juízo.

A primeira ia viver um conto de fadas, se apaixonar, casar, ter filhos, uma profissão de sucesso. Ela ia viver o sonho de todos. Viajar, ver as crianças crescerem, ser avó. E quando velhinha, morrer.

A outra, não ia chegar aos 30 e pouco. Ia se drogar, roubar, chorar. Ia viver como se não houvesse amanhã. Por que na verdade não há. Ia andar por aí, fazer o que não deve, mas o que quer. E por fim, ia se matar.

Uma é ponderada, contida, racional. A segunda é sentimental, volúvel, inconsequente. Faz o que lhe vem a mente, vive o presente.

Qual vive mais? Qual aproveita melhor o tempo aqui?
Não sei. Acho que ambas. De formas distintas. Uma vive o extremo, a outra o seguro.
Pra que um meio termo? Pra que uma escolha? Não posso ser tudo? Não posso ser nada?

Por isso não escolho. Certo dia sou outra, amanhã sou uma. Ás vezes as duas.
Qual prefiro? Nenhuma. Gosto da inconsequente, mas quero um futuro. Complexo, desconexo... O que sei é que não sei. Vivo e morro e assim.. vivo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O mistério do grapefruit!



Grapefruit! A primeira vez que eu vi essa palavra foi em um livro. Lembro exatamente que dizia algo como "(...) e colocou um quarto de grapefruit no meu prato (...)". Li, reli, enruguei a testa. O que raios é um grapefruit?

Imaginei uma coisa meio roxa, tipo...tipo framboesas juntinhas. Na verdade, quase parecia uma torta na minha cabeça! Bem, perguntei para uma amiga o que era, e ela não soube me explicar.

"É uma fruta, meio doce, meio amarga". *Cara de indagação*.

Por fim, deixei por isso mesmo, acho que até procurei no Google para ver como era. Mas a dúvida é sempre maior, toda vez que lia ou ouvia essa palavra, minhas papilas gustativas clamavam por seu sabor! Eu precisava saber o gosto disso!

Esse tão ansiado dia chegou. Hoje, fui ao hortifruit - na verdade saí de casa na intenção de comprar leite, toddy e pão, mas não achei o toddy no mercadinho perto de casa, então fui até o hortifruit mesmo, que é ao lado do supermercado, pra comprar umas frutinhas - enquanto eu escolhia umas maçãs, pensei em comprar uma fruta diferente, para experimentar.

Escolhi goiabas, e quando passei os olhos, alí estava ela! A fruta que se parecia uma laranja, logo ao lado das goiabas ainda verdes. Meus olhos brilharam. Eu tenho que levar isso, pensei. Bem, o fiz. E estou aqui escrevendo, antes de comê-la. Estou me preparando emocionalmente.

E no meio de todo esse turbilhão de emoções e pensamentos, indago. Como se come isso?
Eu descasco? Uso colher? Oh dúvida cruel que me separa do meu afável destino!

Bom... googlei [claro!] e o senhor santo Google me disse para cortá-la ao meio e comer de colher.
Pois bem, é o que eu vou fazer. [Não, eu ainda não comi!!!]
Vou cortá-la, observá-la, admirá-la...

(Você sabe que é só uma fruta né?)

Eu... eu.. eu... Por que você ainda está aqui???? ARGH!!
***
Hm certo, comi! E tenho que lhes dizer não dá pra comer de colher!! O Google tá errado. Cortei ela em quatro e comi mais ou menos como as pessoas comem laranja no bandeijão!

E outra coisa ela é AZEDA!!! Azedíssima, azeda pra caramba!
Quando tá na boca é meio doce, mas quando você engole fica um gosto amargo e azedo na boca!

Comi metade, depois comecei a compará-la com limão e parei. Acho que um suco disso, com açúcar deve ficar bom [e olha que eu sou contra sucos com açúcar] ou uma caipirinha! Ela só tem a casca muito dura pra fazer uma caipirinha como a de limão!

Não entendo como as pessoas nos Estados Unidos comem isso no café da manhã! É muito azedo! Vai ver é por isso que o suco de laranja lá é tão concetrado e forte e amargo. Blergh! Esses americanos têm um paladar meio estranho! [Pra não ofender!]

Pois é, essa foi minha experiência com o Grapefruit ou Toranja, para os que preferem [eu vou continuar chamando de grapefruit]. Um conselho: se você quiser experimentar, acho melhor fazer um suco com açúcar!

Vou comer uma maçã tradicionalzinha que já to acostumada!

Beijocas azedas!
(Eu não acredito que você fez um post sobre uma fruta!! ¬¬)