terça-feira, 14 de setembro de 2010

Atônita


Ódio, raiva, ciume, dor, tristeza, felicidade, amor, contentação, apatia...
É possível? Jura? Tudo isso? Nada disso? Como?

Com tantas coisas ao mesmo tempo acontecendo, com tudo o que sente, de que forma parece que não há nada? Um vazio. É como se tudo estivesse lá e ao mesmo tempo não estivesse. Como se em buraco na alma se encontrassem todas as emoções e sentimentos perdidos. Todos eles deixando uma alma vazia, um corpo inerte, sem vontade.

Você sabe o quanto eu chorei? O quanto eu ri? Ri e chorei, chorei e ri, chorri, rirei.

No fim, nada se conclui, confusão, bagunça... Muito complicado. Pra que se preocupar?

E empurrando, pelegando, enrolando, você deixa de sentir, finge que não vê... E certo dia tudo aparece de uma vez. Te transtorna, modifica. Quem percebe? Ninguém, poucos. Por fim, era isso que você queria, não? Ser invisível, passar despercebida.

Sorri, acendendo um brilho nos olhos. Tudo na mais perfeita ordem.

Por quanto tempo você aguenta?
Muito..

E você sabe que amanhã, seu muro estará de volta, você continuará feliz e contente. Ninguém desconfia, ninguém sabe.

Qual o seu passado? O que você sabe? O que você viveu? Quais seus traumas? Qual seu medo?

Você é real? Ou isso é uma imagem? Na verdade, você é frágil, ridícula, tola...
Quem gosta da tola?

Não vive, pois está presa na atuação..
Se tornou a personagem da sua mente, uma daquelas que também não fazem sentido.
Cada dia escolhe qual identidade assumir, e entre tantas, como você não se perde? Como se define?

Quem te conhece, que te compre! Porque eu... eu não te conheço, não te quero. Não te quero hoje, não te quero nunca, não te quero jamais!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rotina


Hm... O que escrever?

Nesse dia preguiçoso de sol, sinto a brisa no meu rosto. A música toca me levando para outra dimensão. Minha cabeça está vazia! Imagino que é verão e tenho férias eternas. Tudo ótimo, tudo lindo, exceto pelo fato de que é inverno, final de agosto e eu tenho aula daqui a pouco.


Respiro fundo, pegar o ônibus até niterói parece um sacrifício! No horário de rush então, quase impossível! Me alongo, bocejo e começo a voltar lentamente para o mundo real. Me arrumo e vou. Foi uma viagem tão rápida, até estranho. Vários amigos estão na faculdade, sentados, conversando bobagens. Junto-me a eles enquanto espero o ponteiro grande do relógio se unir ao pequeno no número seis como uma espada, anunciando o final da diversão.


Andando devagar chego a minha aula, e com cara de tédio tento me concentrar nas palavras monótonas do professor. Resmungo, ainda tenho aula até as dez da noite!! Parece um momento tão distante. Por fim, a tortura acaba e a outra aula tem início. Quase não tenho tempo para respirar. As horas se arrastam e finalmente a professora nos libera. A sensação de liberdade dura pouco. É tarde, e amanhã é um novo dia, cheio de atividades, aulas e coisas pra fazer.


Volto para casa e para desanuviar os pensamentos do cansativo momento faculdade, entro mais uma vez no computador. Sinto minha mente espairecer e o estado de relaxamento voltar. Por fim, canso de brincar de internet e me deito. Para no dia seguinte acordar e repetir meus passos.



Hm... chatoo!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bipolaridade



Eu queria ter duas vidas. Me dividir em duas pessoas.
Elas seriam completamente diferentes.
Uma perfeita, certinha e fofa.
Outra autodestrutiva, louca, sem noção ou juízo.

A primeira ia viver um conto de fadas, se apaixonar, casar, ter filhos, uma profissão de sucesso. Ela ia viver o sonho de todos. Viajar, ver as crianças crescerem, ser avó. E quando velhinha, morrer.

A outra, não ia chegar aos 30 e pouco. Ia se drogar, roubar, chorar. Ia viver como se não houvesse amanhã. Por que na verdade não há. Ia andar por aí, fazer o que não deve, mas o que quer. E por fim, ia se matar.

Uma é ponderada, contida, racional. A segunda é sentimental, volúvel, inconsequente. Faz o que lhe vem a mente, vive o presente.

Qual vive mais? Qual aproveita melhor o tempo aqui?
Não sei. Acho que ambas. De formas distintas. Uma vive o extremo, a outra o seguro.
Pra que um meio termo? Pra que uma escolha? Não posso ser tudo? Não posso ser nada?

Por isso não escolho. Certo dia sou outra, amanhã sou uma. Ás vezes as duas.
Qual prefiro? Nenhuma. Gosto da inconsequente, mas quero um futuro. Complexo, desconexo... O que sei é que não sei. Vivo e morro e assim.. vivo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O mistério do grapefruit!



Grapefruit! A primeira vez que eu vi essa palavra foi em um livro. Lembro exatamente que dizia algo como "(...) e colocou um quarto de grapefruit no meu prato (...)". Li, reli, enruguei a testa. O que raios é um grapefruit?

Imaginei uma coisa meio roxa, tipo...tipo framboesas juntinhas. Na verdade, quase parecia uma torta na minha cabeça! Bem, perguntei para uma amiga o que era, e ela não soube me explicar.

"É uma fruta, meio doce, meio amarga". *Cara de indagação*.

Por fim, deixei por isso mesmo, acho que até procurei no Google para ver como era. Mas a dúvida é sempre maior, toda vez que lia ou ouvia essa palavra, minhas papilas gustativas clamavam por seu sabor! Eu precisava saber o gosto disso!

Esse tão ansiado dia chegou. Hoje, fui ao hortifruit - na verdade saí de casa na intenção de comprar leite, toddy e pão, mas não achei o toddy no mercadinho perto de casa, então fui até o hortifruit mesmo, que é ao lado do supermercado, pra comprar umas frutinhas - enquanto eu escolhia umas maçãs, pensei em comprar uma fruta diferente, para experimentar.

Escolhi goiabas, e quando passei os olhos, alí estava ela! A fruta que se parecia uma laranja, logo ao lado das goiabas ainda verdes. Meus olhos brilharam. Eu tenho que levar isso, pensei. Bem, o fiz. E estou aqui escrevendo, antes de comê-la. Estou me preparando emocionalmente.

E no meio de todo esse turbilhão de emoções e pensamentos, indago. Como se come isso?
Eu descasco? Uso colher? Oh dúvida cruel que me separa do meu afável destino!

Bom... googlei [claro!] e o senhor santo Google me disse para cortá-la ao meio e comer de colher.
Pois bem, é o que eu vou fazer. [Não, eu ainda não comi!!!]
Vou cortá-la, observá-la, admirá-la...

(Você sabe que é só uma fruta né?)

Eu... eu.. eu... Por que você ainda está aqui???? ARGH!!
***
Hm certo, comi! E tenho que lhes dizer não dá pra comer de colher!! O Google tá errado. Cortei ela em quatro e comi mais ou menos como as pessoas comem laranja no bandeijão!

E outra coisa ela é AZEDA!!! Azedíssima, azeda pra caramba!
Quando tá na boca é meio doce, mas quando você engole fica um gosto amargo e azedo na boca!

Comi metade, depois comecei a compará-la com limão e parei. Acho que um suco disso, com açúcar deve ficar bom [e olha que eu sou contra sucos com açúcar] ou uma caipirinha! Ela só tem a casca muito dura pra fazer uma caipirinha como a de limão!

Não entendo como as pessoas nos Estados Unidos comem isso no café da manhã! É muito azedo! Vai ver é por isso que o suco de laranja lá é tão concetrado e forte e amargo. Blergh! Esses americanos têm um paladar meio estranho! [Pra não ofender!]

Pois é, essa foi minha experiência com o Grapefruit ou Toranja, para os que preferem [eu vou continuar chamando de grapefruit]. Um conselho: se você quiser experimentar, acho melhor fazer um suco com açúcar!

Vou comer uma maçã tradicionalzinha que já to acostumada!

Beijocas azedas!
(Eu não acredito que você fez um post sobre uma fruta!! ¬¬)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ao seu dia!



Há muito anos, quando eu ainda era uma garotinha que brincava de bonecas, eu sonhava com você.

Eu esperava e aguardava. Eu queria que você viesse.

Mamãe dizia que ia ser ótimo, que íamos brincar e rir juntas. Eu acreditava.

E então você finalmente chegou, roubando toda a atenção, fazendo festa. E me senti incomodada. Também queria carinho e pessoas me paparicando. Então, de início, fiz birra. Não gostei de você. "Vai embora" - eu pensava.


Mas aquilo não era mais possível, você veio para ficar, roubou meu lugar com seu sorriso bobo e mãos gordinhas. Porém, quando não tinha ninguém olhando, eu sorria e brincava com você. Era tão pequena e bonitinha. E quando você crescesse poderíamos nos divertir juntas!


E você foi crescendo e me fazendo companhia. Dividíamos Barbies, bonecas e panelinhas. Fazíamos a maior bagunça e nos escondíamos no armário.

E você cresceu mais e mais e se tornou uma chata. Lembra como nós brigávamos? Por roupa, barulho, computador, amigos... TUDO! Meu Deus, como você era insuportável!


Mas foi só mais uma fase, e nós duas amadurecemos e passamos a rir do passado. A distância nos separou, mas isso nos tornou mais fortes, mais unidas. Hoje, você já é quase uma adulta. Teve seus próprios erros e aprendeu com eles, faz suas próprias escolhas e está seguindo o seu caminho.

Imagino quão maravilhosa você será, com seu cargo importante e viagens atarefadas. E nesse meio tempo, entre uma brechinha e outra, vamos nos encontrar correndo para tomar um café e nos atualizar. Vamos matar as saudades, para nos ligarmos no dia seguinte reclamando de algo ou comentando o novo namorado e a próxima festinha de família.

E eu estarei sempre ali pra você, pra lhe apoiar, lhe aconselhar, lhe fazer rir e te divertir. Para te ajudar nos piores momentos, te impulsionar nos dias de felicidade e te repreender quando estiver errada. Para fazer tudo o que eu puder por você, porque você pode crescer e ficar adulta e independente. Mas, não importa o que você faça, você sempre será minha irmãzinha mais nova. Aquela pela qual eu brigarei e defenderei, mesmo quando você não tiver razão. Aquela que eu protegerei sempre das pessoas que querem te fazer mal. Aquela que eu vou roubar sapatos e bolsas, aquela que eu vou implicar, aquela que eu vou pular em cima e abraçar quando chegar de viagem.


Não adianta, se você veio pra ficar, eu já estava aqui antes. E o tanto que eu te aturei esse anos todos, você também terá que me aturar, Piruinha!


Amo você Sis!!!

Feliz 17 aninhos!! =)

Tudo de melhor hoje e sempre. Que seus dias sejam repleto de magia.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Gypsy


Eu sou uma cigana,
sem lugares para ir,
sem ter quem seguir.

Eu sou uma cigana,
busco o que me interesso,
me interesso pelo que busco.

Eu sou uma cigana,
saio sem rumo,
procuro a vida.

Eu sou uma cigana,
você vem comigo?
Vamos voar... andar é tão chato!

Eu sou uma cigana,
meus pés me conduzem
e eu não olho para trás.

Eu sou uma cigana,
última chance.
Você vem comigo?
Para onde o mundo girar e nos levar...


[Acorde, ouça mil vezes Gypsy da Shakira, sinta-se feliz, e escreva qualquer coisa. A massa vai crescer, e o resultado é esse!!]

Feliz, Feliz!!!
Beijocas mágicas!
=P

terça-feira, 8 de junho de 2010

Era uma vez...


Era uma vez um garotinho muito serelepe. Ele fazia muita bagunça e por isso nunca podia ficar sozinho. Um dia sua mãe precisou ir ao mercado, mas não podia levá-lo consigo. Ele ia correr e derrubar as pilhas de latas e ela não conseguiria comprar as frutas que tanto precisava. Como a babá estava de folga, a mãe ligou para sua irmã e pediu que ela ficasse com ele por algumas horas.

A irmã aceitou e esperou o sobrinho chegar. Na casa não havia brinquedos e logo o garoto ficou entediado.

-E o que eu vou fazer agora? - Perguntou ele emburrado

-Ué, por que você não vai até o mundo encantado? - perguntou a tia.

-Mundo encantado?

-Você não sabe chegar no mundo encantado? É muito fácil! Eu te ensino. Feche bem os olhos, agora pense em uma enorme floresta, cheia de bichos e flores e um rio azul. Nessa floresta tudo é possível porque ela é mágica. Tudo o que você pensa acontece!

-Sorvetes gigantes? Pizza? Cangurus?

Ela riu:

-Claro! O que você quiser. Agora concentre-se e abra os olhos.

Na frente do garoto havia um canguru enorme comendo uma fatia de pizza enquanto uma casquinha de chocolate pingava na outra mão. Seu olhos se arregalaram e brilharam de felicidade.

-Como você fez isso?

-Oras, eu não fiz nada! Você que fez, com a sua imaginação....

[Tentativa de escrever um conto infantil, para uma pessoa que esqueceu de crescer! =p ]

sábado, 29 de maio de 2010

Caderno de memórias


Quantos dias se foram?
Quantas horas se passaram
Desde que você se foi?

Eu não sei mais o que fazer.
Grito, chingo, ignoro?
Qual você prefere?
Qual te afeta mais?

Como está o dia aí?
Aqui está parado.
Chove no meu mundo azul.

Deste lado da praia nada acontece.
Tudo é lento e cinza.
Tão sem graça.

Será que você não percebe?
Você levou a palheta de cores quando se foi.
E tudo descoloriu, manchando as páginas.

Tentei arrumar, mas borrei tudo.
A borracha rasgou a página.
Nada foi apagado.
Tive de descartar. Folhas ao vento.

E esse pedacinho rosa desbotado.
Ele parece triste, mas não consegui arrancá-lo.
Acho que ficará ali...

...Pra sempre! Ocupando espaço no meu livro.
Meu caderno de memórias.
Só mais uma lembrança marcada
no meu velho e surrado caderno de memórias...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

De volta das trevas!


Senti que tinha que aparecer por aqui, já que a Samantha parece ter desistido do blog.

[Você voltou??????]

He! Sim! Sei que sentia minha falta!

[Nhaaa! =( acabou a paz do meu mundo]

*descaso* Afinal, o que é isso que você tá vendo na televisão? Que coisa chataaa!

[Chama-se intervalo! =P]

Não tenta disfarçar, não!! O que é isso que tá passando? Hei, hei, não adianta mudar de canal!!

[Blé.. deixa de ser chata! Voltou pra criticar os programas pré-adolescentes que eu assisto?]

Na verdade... não!
Voltei pra me anunciar! Estou achando que meu espaço no seu blog é muito pequeno..

[Isso porque não era pra haver espaço algum! Você já ocupa espaço DE-MAIS na minha cabeça!]

Como eu dizia.... ¬¬
O MEU espaço no NOSSO blog...
[Nossoooo? Da onde você tirou isso??]
... é muito pequeno, por isso estou pensando em me expandir pela internet! =D

[eu, ahn.. como assim?? *medo*]

Elementar, minha cara Samantha. Vou entrar para essas redes sociais que todo mundo usa.. twitter, orkut, facebook...

[... *pasma* V-v-ocê vai fazer um.. um twitter???]

É... planejo! Tenho que tomar atitudes se quero dominar o mundo. Estou vivendo o ócio ultimamente!

[Ai Merlim! Eu já te disse que você não pode dominar o mundo!]

Eu posso fazer o que eu quiser!!!

[Vou te colocar na terapia de novo!]

Pra ser lembrada pela terapeuta que na verdade, VOCÊ que não é normal, e eu sou fruto da sua imaginação? hehehe

[Você sabe que isso não é verdade! Toda vez que a gente ia lá, você se comportava e não falava nada, pra me deixar com cara de idiota!!!]

Hehehe!

[Eu... Grrrr!!! Sai daquiiii!!!]

Hahahaha, sua raiva não vai nos levar a nada!! *sai correndo saltitando*
Eu vou domirnar o mundoooo... eu vou dominar o mundoo... O mundo serááá meee-eeu!!
Lalalalalalá!! hihihi

[Hei.. aonde você vai? Volta aqui!]
[Opa! O que você tá fazendo? Sai desses twitter agora!!!]
[NÃO!! Droga! Exclui isso já! Hei, quer me dar ouvidos! Eu já disse que você não pode fazer um....]
[...]
[... já fez! ¬¬]
[Qual a senha disso? Vou deletar já!]
[Oras! Não me mostre a língua... sua..sua.. linguaruda metida!]

Hei kids.. Nos vemos em breve no meu novo twitter
@saintconscience

XoXo
Saint conscience!

[Abusada!!!!]

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Supercalifragilisticexpialidocious!


Supercalifragilisticexpialidocious... a maior palavra do mundo, segundo Mary Poppins, e o que raios ela significa? Sempre me vem a cabeça subitamente e imagino, cada parte dessa palavra é uma outra palavra. Se eu separar-las, teria o significado correto?

Acho que ela não se resume ao significado, está mais na força da espressão, algo como, não tenho o que falar então: supercalifragilistcexpialidocious!
Se ela não tem significado posso atribuir o que eu quiser a ela, não?
Estou triste: supercalifragislistcexpialidoucius...
Estou feliz: supercalifragilistcexpialidoucius!!
Estou ansiosa: SuPERcaLIfrAGIlistcEXPialiDOUCius!
Estou brava: SUPERCALIFRAGISTCEXPIALIDOUCIUS!!

Impressionante, é uma palavra única, posso falar para o que eu quiser! Basta mudar a intonação! Ela pode mostrar todas as mudanças de humor, todos os momentos, é a palavra substituta, quando foge a palavra certa: "Ah, supercalifragilistcexpialidoucious..!"
Mutável, perfeita, simples...(?)
Ok, talvez não simples, mas divertida, repita supercalifragistcexpialidoucious... é ótima de falar, dá vontade de fazer até um trava-línguas.
supercalifragistcexpialodoucious, supercalifragilistcexpialidouciois, supercalifrgilistcexpplialidoucious...

Ela consegue significar tudo e nada ao mesmo tempo, é o resumo de todas as palavras em uma, você escolhe o signo. Não é nada no plano da expressão nem no plano do conteúdo, mas você não vê algo divertido quando fala? Algo descontraído?
Por fim, acho que não tem mais todos os significado, estou em dúvidas quanto à tristeza, acho que essa palavra só cabe em coisas animadas, felizes, exaltadas. Quem sabe ela significa algo afinal...

Ah...quer saber? Supercalifragistcexpialidoucius pra você!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Estúpidas escolhas


Ela sorria abobadamente e seus olhos desfocavam da realidade. Pegou a bebida e tomou de uma vez, fazendo uma careta. Alvo fácil.

Se aproximou, olhando pra ver se estava mesmo sozinha.

-Olá. - Usou sua melhor voz galante.

Ela o olhou de cima abaixo e por fim virou o rosto ignorando-o.

-Não sabia que falta de educação fazia parte de suas qualidades.

-Desculpe, não falo mais com homens.

Enrugou a testa. Pediu mais duas tequilas, uma pra si e uma pra ela e sentou-se ao seu lado.

-O que aconteceu?

-Não é da sua conta.

Fez uma cara amarga e respirou fundo.

-Por que me chamou se não queria falar comigo então?

Ainda sem olhá-lo balançou os ombros e olhou para a dose que chegara.

-Esqueci que você fazia parte do time masculino.

Ele riu.

-Vocês não prestam sabia? Sempre a mesma história. "Blábláblá, você é diferente, blábláblá eu não gosto mais dela, blábláblá..." Nos fazem acreditar para no fim voltar como um cachorrinho quando a outra assobia.

-Você procura nos lugares errados.

-Tem razão! Me mostre onde posso achar um decente.. Ah espera! Não tem!!

-Você está sendo radical.

-Não estou. É o fim dos homens pra mim. Chega!

-Ok então, ao seu recomeço sem homens!

Brindaram e engoliram a bebida queimante e antes que pudessem fazer caretas enfiaram um pedaço de limão na boca.

A garota sorriu triste. O celular vibrou e parou. "Onde você está? Estou com saudades. Vou passar na sua casa!"

Bufou, por que raios ele insistia? Pegou o casaco.

-Obrigada pelo shot.

-Onde você vai? - arregalou os olhos!

-Quebrar minhas promessas e me torturar mais um pouco. Amanhã te ligo pra reclamar de mim.

Piscou um olho e jogou um beijo no ar, saindo pela porta do bar barulhento, indo em direção ao seu destino inevitável.

domingo, 18 de abril de 2010

Backstage


Primeiro você põe a roupa, se maqueia, arruma o cabelo, entra no carro e parte.
A ansiedade bate forte no camarim. Você conversa animada com suas amigas, conhecidos vem te desejar boa sorte e falam como você está bonita. Suas mãos suam, mas seus olhos brilham.

O espetáculo começa, e você aguarda - impaciente - a sua vez. Checa a sua segunda roupa, confirma se o cabelo está bem preso, ajuda as crianças menores, por fim chama seu grupo e faz um mini ensaio pra relembrar tudo.

A curiosidade prevalece: "será que tem muita gente?" "Onde meus pais estarão sentados?" "Ai! Que eu não erre nem esqueça nada, por favor!" No último pensamento você se desespera e treina mais uma vez. Oh! Não! O que vinha depois daquilo mesmo? Você corre para a integrante mais perto e pergunta a ordem dos passos. Com medo de mais um branco, vocês treinam a última vez.

Só mais dois números na sua frente, seu elástico de cabelo estoura quando você já está posicionada do outro lado do palco aguardando os 7 minutos restante. Então você corre por trás das cortinas, derrapa, não cai. Prende o cabelo novamente, passa três elásticos para garantir, e uns grampos, para firmar bem. Já é quase sua vez! Corre novamente para o oposto do palco e espera.

Seu coração volta a acelerar, você sua frio. "Respire fundo", fala a voz na sua cabeça. Você puxa o ar, prende por uns segundos e o solta lentamente. Sente seus rítmos cardíacos diminuirem e a confiança voltar.

A música começa lenta, as luzes ainda estão escuras, você vai pisar nos tacos de madeira em menos de segundos! Toda a técnica para acalmar os nervos vai por água abaixo, e você sente que as batidas disparadas do seu coração estão mais altas que a música.

Inspira fundo e pisa. Vai até o seu lugar e tudo passa. Tudo se apaga. Você não pensa em mais nada. Sua mente é fumaça, as pessoas somem, tudo desaparece, só está você! Você e a música.

Seus pés se movem sozinhos com graça, seguem as batidas sem erros. A música vibra alto em seu corpo e em menos de segundos tudo acaba. Só volta a si ao som dos aplausos.
As pessoas estão de pé, as palmas soam alto em seus tímpanos.
Você está arquejando, cansada. Sorrindo, feliz. Olha seu grupo, todos estão contentes, vocês agradecem, as cortinas se fecham.

Vem a euforia, tudo fôra ótimo e passara rápido demais. Vocês gritam e comemoram, se abraçam e riem.
E você não pensa mais nada.
Foi perfeito...

sábado, 17 de abril de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora


Sol, chuva, frio, Rio de Janeiro, Niterói, cozinhar, brigas, internet, choro, esmalte, risadas, apartamento, contas, amizades, ônibus, barcas, Poços de Caldas, doces, roupas, sair, lapa, taxi, dinheiro, ligações, msn, blog, carnaval, pessoas, sotaque, festas, choppadas, avós, pesadelos, natal, parentes, ballet, academia, mortes, dança de salão, babá, saudade, viagem, Petrópolis, Cabo Frio, Eva, praia, Ipanema, trote, desmaio, limpeza, sapateado irlandês, fotos, computador, HD, photoshop, trabalhos, estágio, medo, assalto, missa, sombras, compras, jornalismo, enecom, livros, the sims, saraiva, pvg, obrigações, preguiça, desenhos, bar, linguística, novidades, contos, sono, francês, corrida, pilates, twitter, facebook, sorte do dia, horóscopo, fantasia, coreografia, leitura, pub, xérox, música, dança, IACS, enchente, canecão, conversas, dormir fora, felicidade...

Ufa!! Quanta coisa desde que vim pro Rio!!

domingo, 11 de abril de 2010

Por que tão cedo?


Muitos diriam que eu deveria começar esse post falando da recente chuva e de seus desastres, das centenas de pessoas que perderam suas casas, seus móveis e suas memórias. Talvez eu devesse falar das 200 pessoas que se foram, da tristeza de seus familiares, de como essas pessoas estão desoladas. Tantas coisas se foram, tantos entes queridos. Mas falar que estou imensamente triste por eles, seria mentira, de minha parte.

Claro, sinto muito por cada uma que se foi nessa tragédia, mas a grande verdade é que eu não os conhecia. Nenhum deles era importante para mim, nenhum deles fazia a mínima diferença sequer, na minha vida. Não os menosprezo, mas de uma certa maneira, é como se nunca tivessem existido.

A chuva se foi, a tempetade já passou e agora temos que nos reeguer, mas então por que eu sinto que a minha tragédia acabou de começar? Por que eu sinto tanto por uma pessoa em especial? Como uma única pessoa pode fazer um estrago tão grande, que 200 não chegaram nem perto?

Um evento, um sopro de momento, me afeta de uma maneira que uma semana de chuva torrencial não me afetou, essa pequena mudança de rumo, faz muita diferença pra mim.
Não sentia carinho, nem amor, nem afeto, nem saudade de nenhum desses desconhecidos, mas essa pessoa nem bem se foi e já deixou muitos olhos vermelhos marcados pelas lágrimas.

Bem, eu só quero que saiba, que sinto sua falta...

Te amo, para sempre!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Morar Sozinho


Bem, não é fácil morar só, sem seus pais e ninguém mais pra te dizer o quê, como, onde, por quê fazer... Mas os outros amigos que também moram sozinhos se ajudam e assim você tem uma família para os momentos que precisar.

Um ano se passa e por fim você fica feliz ao constatar que sabe fazer um macarrão (que não seja miojo) decente! É fácil, afinal! Pasmem, mas meu macarrão conseguia ficar cru, grudado, queimado, sem gosto, sem sal.. tudo. Porém, como tudo na vida, as vezes a gente aprende e, como tudo que a gente aprende, devemos repassar... aí vai:


*Ponha um litro de água pra ferver
*Quando ferver, jogue uma colher rasa de sobremesa de sal e um fio de oleo
*Espere mais um pouquinho e coloque o macarrão aos poucos, espalhando pela panela, para que não fique grudado
*Espere 10 minutos..
*Tá.. pode ser 11
*Escorra e reserve
*Na mesma panela coloque óleo, alho uma pitada de sal
*Frite um pouco e jogue o molho de tomate (molho pronto, não invente moda!)
*Mexa e misture o macarrão e o molho com um garfo (pode usar uma colher pra ajudar! hehe)

*Desligue o fogo
*Ponha no prato
*E bon apetit!
*Você pode colocar adicionais como queijo, presunto, ervilha, milho, azeitonas... o que quiser, mas acho difícil você ter essas coisas em casa se morar realmente sozinho!!! =P


Bom.. é isso aí!

Beijocas

quarta-feira, 24 de março de 2010

Felizes para sempre...


Hoje era um dia importante. Um dia romântico. Ele a pediria em casamento!
Céus! Como estava feliz! Comprara uma caríssima aliança de noivado, com uma enorme pedra de brilhante no topo, tão grande que faria as amigas ficarem com inveja.
Havia se preparado para aquela noite, tudo seria perfeito, reservara um restaurante maravilhoso que ela sempre quisera ir, depois a levaria à um centro astronômico e quando fosse exatamente 2:03 ele pediria para que ela olhasse o céu pelo telescópio, era o horário do primeiro beijo deles. Já fazia dois anos desde que se aproximaram lentamente e seus lábios se tocaram ao lado da fonte da praça central. Aquela fonte de luzes ora azul, ora rosa. Lembrava que começaram a rir assim que se afastaram, a água respingava e os molhava. Foi um dia fresco, uma tarde de inverno.

Assim que ela olhasse o céu naquela noite, uma mensagem surgiria "Quer se casar comigo?", ele pedira o favor a um velho conhecido. Este daria um jeito de iluminar as estrelas certas que formaria a frase. Ela ia amar! Iria sorrir e beijá-lo.

Comprou flores e chocolate.
Girou a chave na fechadura e abriu a porta. Parou de cantorolar. A casa estava escura e silenciosa.
Acendeu as luzes. Seus olhos percorreram a sala vazia. Alguma coisa estava errada, o laptop não estava na mesa bagunçada, não haviam livros nas estantes. Foi até o quarto. O guarda roupas aberto mostrava vários cabides vazios. Onde estavam os vestidos e as blusas coloridas que ficam penduradas? Cade os sapatos e a quantidade absurda de bolsas?

Correu ao banheiro, nada de cremes, loções, perfumes e frescuras. Sem absorventes condicionadores e secador. Não entendia.

Na porta da geladeira, na cozinha, um recado. "Me desculpe."

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dúvidas


Não sei se amo ou odeio,
Não sei acredito ou ignoro,
Não sei se falas a verdade ou só me enrola!

Não sei quem sou,
Não sei quem és,
Não sei dizer o que vejo através.

Não sei se é sonho ou realidade,
Não sei se é vida ou fantasia,
Não sei como, mas não é utopia?

Não sei aquilo,
E não sei isso,
Só sei que não sei o que pensei que sei.

Não sei...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Uma folha de alface, por favor


Como sempre reclamam que eu nunca posto nada de "útil", resolvi mudar um pouco a diretriz desse blog. Estava lendo as notícias da Uol, e entre uma mãe que matou duas filhas adotivas e as congelou, entre uma receita de uma torta australiana e entre o resultado das notas do ENEM, achei uma pauta que chamou minha atenção: "Modelo escreve sobre a ditadura da Magreza".

Fui ler, e me deparei com um texto realmente bom da Top Coco Rocha. Coco Rocha é uma famosa modelo, no auge de sua carreira. Ela tem 21 anos e há alguns anos vem explicitando sua opinião sobre a magreza abusiva das modelos, ao que são submetidas pelos estilistas, e em como esse padrão é imposto à sociedade.

Neste texto ela explica que a estética da moda destrói a sua arte. Ou seja, a arte que era algo para ser belo e admirado passa a ser uma forma de sofrimento. Assim como os esteróides são proibidos nos esportes, por ser prejudicial à saúde dos atletas, a moda também precisa de um regulamento para que a indústria siga saudável.

O CFDA (Conselho dos Estilistas da América) tentam corrigir essa questão. Aumentaram o tamanho das peças usadas pelas modelos (mais conhecinho como "sample size") e proibiram que menores de 16 anos pratiquem a profissão.

Claro que ainda há muitas pessoas que contradizem essas questões. Pessoas que não ligam para o bem-estar das modelos e ao que são submetidas. Pessoas que não se importam com o padrão estético passado para milhares de adolescentes e mulheres no mundo. São essas pessoas que agravam os problemas de anorexia e bulimia. São essas que incentivam uma criança de oito anos a querer ser... magra. Esse padrão não é nada mais que uma paranóia e uma infelicidade na vida de muitos. E nós temos que lutar para mudá-lo. Temos que nos aceitar como somos. E somos de uma forma em que os alimentos são vitais para nossa sobrevivência.

O link com o texto completo da Coco Rocha: http://estilo.uol.com.br/moda/ultnot/2010/02/23/coco-rocha-o-meu-ponto-de-vista-sem-censura.jhtm

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Redação: Minhas Férias


Tem coisa mais chata e irritante que isso?

Me sentia uma criancinha quando os professores pediam pra fazer essa redação!
E o que mais me irritava era que eu nunca tinha nada de muito legal para contar. Eu queria falar de viagens alucinantes. Idas a lugares novos. Sempre quis contar detalhes inusitantes, mas minha página se resumia em relatar minha ida aos mesmos lugares entediantes, minha falta do que fazer na frente do computador, a lista de uns cinco livros que eu costumava ler. Blééé! Chato, chato, chato!! Nunca nada interessante. Então vou contar como eu queria escrever essa redação!

Minhas férias foram, no mínimo, inusitadas. Saí uma semana antes que todos, porque um tio que nunca vejo, viria ao Brasil. Ele é divertido, sempre me conta histórias fantásticas de outros mundos, de seres inimagináveis. Foi numa tarde quente e preguiçosa que ele chegou todo animado, queimado de sol, rindo alto e reclamando de fome.

Pedi as novidades, e ele me contara de sua mais recente ida à Grécia. Eu bebia de suas palavras. Imaginava aquelas cenas impossíveis. Então ele me fez uma oferta. A oferta. Perguntou se eu queria conhecer o mundo com ele. Se eu gostaria de acompanhá-lo em sua mais nova aventura. Aceitei na hora, claro. No mesmo momento subi as escadas e fiz minha mala. Ele olhou aquela bagagem atulhada de roupas e gargalhou. Eu não precisava de nada daquilo para onde iríamos. Assim, partimos. Com a roupa do corpo.

Me levou ao alto de um morro, onde havia uma caverna escondida por folhagens. Atravessamos por duas longas horas. Cansada de andar na escuridão, não percebi o mundo que se abria a minha frente. Um lago cristalino, uma floresta verde e brilhante, o sol queimava meu rosto. Que lugar era aquele que nunca havia visto?

Cheguei perto para beber água e me assustei ao ver sereias... Achei que meu tio me enganara. Que invetara seres para as histórias ficarem mais interessantes. Mas não, ali estava na minha frente duas belas sereias. E as luzinhas que me rodeavam eram as mais coloridas fadas que eu já vira. Bem, na verdade, eram as únicas. Achei que sonhava.

Os dias passaram e pegamos um navio até um continente próximo. Piratas nos atacaram e me sequestraram. E foi desse jeito que passei mais um pedaço de minha viagem. Cantava e limpava o convés. Saqueava e banqueteava. Por fim me deixaram partir.

Viajei muito, mas o mês quase acabava. Tinha de encontrar meu tio e descobrir como voltar.
Andei por terras estranhas e mundo coloridos. Bichos que falavam e gigantes solitários. Achei até um príncipe que também viajava pelos mundos. Ele estava triste porque seu carneiro queria comer sua rosa.

Em um certo momento, meu tio voltou. Me pegou pela mão e me levou para casa. Foram as melhores férias que tive. Na biblioteca mágica de meu tio escritor.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Hm...


Acho que férias não são propícias à escrever no blog. Sempre fico preguiçosa e nunca escrevo nada. Talvez seja porque venho para Minas e me ocupo com os mimos da minha mãe. Nunca tenho o que fazer aqui, mas sempre acho algo. Estranho...

Li o Pequeno Principe hoje, de novo. Realmente é um livro que muda as percepções a cada leitura. Interessante...

Bom, é isso. Vou-me!
Nadaprafalar!


domingo, 31 de janeiro de 2010

Insônia


O relógio ainda marcava três e meia da manhã. O vento soprava pela janela entreaberta, fazendo as cortinas balançarem suavemente. A lua cheia brilhava fortemente no céu escuro como se zombasse das estrelas sem graças com suas fracas luzes próprias.

Embora fosse uma noite tranquila, uma garota se remexia inquieta em sua cama. Os minutos se arrastavam enquanto a insônia lhe consumia. Virou para um lado, virou para o outro, cobriu a cabeça... nada! O sono não vinha. Resolveu se levantar, tomar um copo de água e dar uma volta pela casa para espairecer os pensamentos.

O carpete abafava seus passo curtos. A sala escura e silênciosa era quase assustadora. Uma coisa fofa e felpuda passou por seus pés dando-lhe um sobressalto. Era só a gata de sua irmã mais nova. Ignorou o bichano e continuou rumo a cozinha, amaldiçoando mentalmente o animal.

Enquanto a torneira enchia seu copo, a garota de longos cabelos negros ouviu um barulho não habitual. Tec tec tec. Olhou para os lados procurando pela gata. Mas ela ressoava tranquilamente em cima do sofá, em uma posição certamente bizarra. Tec tec tec. O som novamente ressoava pelo corredor quieto. A garota sentiu uma gota de suor brotar em sua testa. Paralisou no chão frio da cozinha e apurou os ouvidos para tentar detectar alguma anomalia.

Por mais uns 10 ou 15 minutos só ouviu as fortes batidas de seu coração. Já havia se acalmado, e garantia a si mesma ser fruto de sua imaginação quando novamente o barulho atormentou de algum lugar tec tec tec. Agora suava frio, suas mãos estavam escorregadias. As luzes do corredor do prédio se acenderam, deixando uma faixa iluminar a sala. Ouviu passos no corredor.

Correu ao olho mágico para se certificar de que não era um ladrão. Viu o vizinho entrar na porta ao lado. Respirou fundo e tentou aquietar as batidas frenéticas em seu peito. Já voltava à cama quando por outra vez ouviu mais forte e mais alto o misterioso barulho TEC TEC TEC. Correu a janela, olhou pelo gramado em busca de algo, observou o céu, buscou por um fantasma que fosse. Nada, silêncio, marasmo.

Pensou que estava louca, achou que fosse o sono lhe pregando piada quando um vulto correu por meio os jardins. Pôs a cabeça para fora, estreitou os olhos e tentou reconhecer a forma estranha que se movimentava. Por fim sentiu uma dor na cabeça. Uma pedra. Alguém lá fora lhe atirara uma pedra na cabeça!

-Hei! - sussurrou a voz no meio da grama.
A garota arregalou os olhos.

-Boa noite linda. Sonhe comigo! - Deu um sorriso e saiu correndo pelo breu.

Ela sorriu. Como ele sabia que estava com insônia novamente? E o que estava fazendo ali a essa hora? Respirou aliviada e deitou-se na cama. A luz vermelha do despertador anunciava que teria de acordar dali a quatro horas.

Encostou a cabeça no travesseiro exausta e adormeceu. Sonhou com um cara misterioso que andava por seus jardins.


Madrugadas inspiradoras!
Beijoquinhas!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

42 coisas para se fazer à 00:55 numa casa silênciosa


1) Pensar em nomes criativos de blogs para ajudar sua amiga [aparece coisas como postemeialuz, ticoticonofubá e carecacomcabelo!]

2) Procurar um modo de colocar contador de visitas no blog [não conseguir e ficar frustrada]

3) Ficar mais frustrada porque a pessoa expert nesse tipo de detalhe está ausente no msn porque está bebendo [quando havia dito que ia ficar um mês sem beber!]

4) Passar as fotos para o computador

5) Cobrar fotos antigas de alheios

6) Lixar as unhas

7) Procurar cortes de cabelo que ficariam legais em você

8) Ver um filme

9) Fazer caretas na web cam

10) Pensar em um novo post

11) Pensar no que vai fazer no seu anivarsário que é daqui há uma semana

12) Fazer uma lista de presentes de aniversário

13) Organizar o armário [não é uma boa idéia se você divide quarto e sua irmã tem aula no dia seguinte as 7 da matina!]

14) Ficar meramente frustrada por ter clicado em algo e sair da página sem ter salvo o post

15) Ficar muito feliz ao ver que o blog não é tão burro quanto parece porque ele salvou o post incompleto

16) Pensar que já é mais de uma da manhã e terei pilates às 9!

17) Contar quanta tralha você carrega na bolsa [contei 15 ítens, sendo que não contei o que estava dentro de cada bolsinha!]

18) Tentar imaginar quantos pares de sapato você tem

19) Fuçar o orkut alheio

20) Fuçar o blog alheio

21) Fuçar o twitter alheio

22) Ler o formspring da irmã, só pra ficar por dentro da vida dela

23) Organizar as pastas do computador

24) Pensar que esta é a idade que seu irmão mais velho terá dentro de alguns meses

25) Visitar o site da faculdade para ver se houve alguma atualização de matérias

26) Contar quantos cômodos existem na sua casa [20]

27) Se perguntar se varandas e garagem contam como cômodos

28) Tentar contar todos os seus dentes usando só a língua

29) Tentar escrever seu nome com o nariz [não tentei isso!]

30) Jogar paciência

31) Fazer teste adolescentes

32) Ver quanto tempo você aguentar sem respirar

33) Olhar a previsão do tempo para ver quando vai fazer sol

34) Ler Romeu e Julieta pela quadragésima vez [também não li, porque o livro não está aqui =/]

35) Pensar quantos ítens escrever

36) Começar um diário

37) Tentar dominar o mundo [sai-daqui!]

38) Escrever um poema

39) Tentar descobrir qual pode ser a senha do computador da sua irmã

40) Escovar os dentes

41) Pensar na roupa que vai usar na próxima festa

42) Ir dormir pra conseguir acordar no dia seguinte [e porque senão eu escrevo até o 102! Hehehe]

E você, o que faz à meianoiteecinquentaecinco?

Beijomeconta!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ode à minha visitante


Eu te odeio, mas você insiste em me visitar...
Eu te repulso, te ignoro, mas você diz que não vai me abandonar...
Eu não te quero, você me irrita. Porque você tem que ficar?

Sempre que você vem, eu fico doente...
Fico louca, você me trantorna, transforma...
Eu fico de cama, sinto dores. Porque você me machuca assim?
Será que você não percebe que és demais pra mim?

Por favor, vá.
Não volte mais, eu torço.
Mas você volta, sempre volta...
E cada re-encontro é pior que o outro.
É doloroso, é triste, violento, sangrento...

Eu só quero que tudo isso acabe.
Me diz, porque tem que ser assim?
Tão grosseiro, animalesco...

Sei que um dia você irá..
E sentirei saudades.
Mas por que parece castigo agora?
Por que tão cedo você retorna?



Uma homenagem e um sentimento à momentos dispensáveis.. sei que todas já tivemos...
Hoje, não mando beijos...
Espero melhoras.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Resolução de Ano Novo


Hoje quem vai escrever sou eu! A "consciência", como a Samantha diz. Hehehe. Consegui assumir o controle aqui e vou falar sobre o que eu quiser!! O poder é tão bom! Essa sensação de euforia correndo pelas minhas veias, esse sentimento de dominação... muahahah.

Anyway.. vou falar sobre algo que "a outra" não gosta [Claro, ela faz tudo pra me irritar!] - Hei, o que você tá fazendo aqui?? Volta pra lá! Hoje eu que mando aqui! [você opina quando eu escrevo, vou opinar também hihihi] Não vai não, PAF [Ahn?? Tá tudo escuro, acho vou desmai....] - voltando, vou falar sobre resolução de ano novo.

Como ela não faz resoluções de ano novo porque não acredita nisso e acha que é bobeira e blábláblá... Eu resolvi fazer a MINHA resolução de ano novo, então vamos lá:

1- Dominar mais vezes a mente da Samantha até assumir o poder completamente;
2- Dominar as redes virtuais;
3- Dominar o mundo, por fim.
4- Hipnotizar todas as pessoas para fazerem o que eu mandar;
5- Ser a rainha do universo!

Muahahahaha

É a melhor lista de todos os tempo.. mas acho que vou tentar o número 4, testar minhas habilidades, sabe?

*Pega o relógio de pulso que roubou do avô da Samantha*

Você está ficando com sono....
Seus membros estão pesados...
Suas pálbebras estão cansadas...
Elas estão se fechando...
Sua mente está leve... bem leve...
Você está sentindo uma vontade imensa de me servir...
Você quer ser meu escravo...

[Ai... O que houve? O que você tá fazendo?? Pare com isso! Já disse que não pode tentar dominar o mundo!!!]

Ai garota chata! PAF PAF PAF!!

Onde eu estava? Droga vou ter que começar de novo!
Você está ficando com sono...
Seus membros estão pesados...
Suas pálbebras estão...

[Hahaha! Achou que ia conseguir me apagar de novo né?? Estava usando um capacete mega potente!! Fique quieta e vai dormir! Seus dias de glória acabam por aqui!!]

Mas eu... [Já por quarto!]

Mas... mas... [Sem mais nem menos... Está de castigo!!]

Humpf isso é o que você pensa!!!

Até logo amiguinhos - ou devo dizer futuros servos? - outro dia eu volto para batermos um papinho hehehe. Me aguardem!

[Mal educada, nem fala tchau! Bem queridinho espero que ela não tenha causado nem um mal a vocês! Vou tentar controla-lá melhor!!]

[Beijoquinhas brancas de paz!]

Nada disso, se é pra mandar beijo que sejam negros!

[VAI - JÁ - PRO - QUARTO!!]